terça-feira, 3 de março de 2015

Jornadas evidenciaram que a ação sociocaritativa é constitutiva da Igreja


Jornadas_accao_social_2015 (6).JPGO teólogo Juan Ambrosio, que voltou a ser o protagonista do encontro depois de já em 2009 ter participado nele, também evidenciou que Francisco coloca “a dimensão social no âmbito do ser, da essência, daquilo que a Igreja é”.
O orador, que procurou uma “chave de leitura” para a exortação apostólica do Papa ‘Evangelii Gaudium’ (A Alegria do Evangelho) que iluminou o encontro, acrescentou que Francisco evidencia que “a caridade é uma dimensão constitutiva da identidade da Igreja e não simplesmente uma dimensão de ação por causa de uma necessidade”, sublinhando que “o Papa não reflete a dimensão social da evangelização a partir da crise”. “Na medida em que vivermos e dinamizarmos a caridade, seremos cristãos”, advertiu, considerando que o imperativo “não é do âmbito do fazer”, mas “do ser” e que “sem a opção preferencial pelos pobres, o anúncio do evangelho é verborreia”.
“As nossas comunidades não podem mais ser comunidades de conforto e segurança. Estamos muito habituados a falar no perigo do cristianismo light (faz de conta). Para mim há um cristianismo muito mais perigoso que é o cristianismo burguês (para usufruto próprio)”, advertiu, lembrando que “o Cristianismo não é para usufruto”, mas para “compromisso” no “meio do mundo”. “[Ser cristão] não é, em primeira mão, para mim. É para mim, na medida em que for para o outro e só na justa medida em que for para o outro, é também para mim”, acrescentou.

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